26 dezembro 2013

SOLIDÃO

SOLIDÃO anda sozinha
Sem vivalma andar por perto
Nem sombra se avizinha
Como parecendo um deserto

SOLIDÃO não tem amigo
Vive longe de um olhar
Como se estivesse de castigo
Não se querendo libertar

O silêncio e a SOLIDÃO
Juntos formam um par
Andam sempre de braço dado
No escuro gostam de estar

Ouvindo o barulho do mar
E a ideia tão longínqua
Sente-se o espírito a relaxar
E a SOLIDÃO é profícua

Abstraída do mundo
Mesmo no meio da multidão
SOLIDÃO é sobretudo
Liberdade por opção

Às vezes perde-se da vida
Por ser rebelde e cruel
Na SOLIDÃO fica protegida
Sua amiga mais fiel

Também pode ser agradável
A SOLIDÃO por companhia
Tornando-se aconselhável
Mudar sempre de moradia

Quando se quer inspiração
Para as ideias nascerem
Refugiando-se na SOLIDÃO
Verá as palavras tecerem

Para não sentir SOLIDÃO
Na idade da velhice
Invente do que tem à mão
Viva a vida sem chatice

Se houver mais a dizer
Estou aqui para ouvir
E se quiser contradizer
Não se prive para intervir 
30-10-2012 Maria Antonieta Matos - Évora

Desenho por Maria Antonieta Matos
Desenho por Maria Antonieta Matos

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