Fiz uma aterragem
Num campo selvagem
Encontrei a cegonha
No ninho deitada
Com os seus filhos
Numa matraqueada
Encontrei o macaco
Nas árvores a baloiçar
E dentro de um buraco
A cobra a sonhar
A pastar a vaca
O pasto fresquinho
E em cima da fraca
Estava um passarinho
Entretida a ver
Os cisnes no lago
Sem me aperceber
Senti um afago
Beijou-me o macaco
Depois deu um salto
Um salto tão alto
Fiquei em sobressalto
Que me arrepiei
Se caísse em falso
Muito descontraída
Por entre os sobreiros
Dormi protegida
Sob os seus sombreiros
Depois do descanso
Vi o pónei manso
O camelo e a zebra
Olhando uma lesma
Fugindo indefesa
Escondeu-se no solo
E vi o canguru
Com o filho ao colo
Gritei-lhe cucu
E piscou-me o olho
Passava o Chital
Com ar elegante
Arfava, arfava
E parou um instante
Entretanto o Gamo
Com o corno entalado
Num grande ramo
Ficou rodeado
De gente a mirar
Mas muito concentrado
Conseguiu-se soltar
Passava o perú
Com leque elegante
Arrufava, arrufava
E parou um instante
Entretanto a fraca
Com linda casaca
Desfila aprumada
E ficou cercada
De público a olhar
Seu trajo invulgar
Num silêncio absoluto
E a pestanejar
O crocodilo, muito astuto
Põe-se a rastejar
Ali a tartaruga
Virando a cabeça
Saía a espreitar
Fazendo das suas
Para mergulhar
Grande desafio
Saltando e brincando
Cabras num redopio
As folhas trincando
De olhos fechados, a avestruz
Voava e sonhava
Não viu onde estava
E truz catrapus
Espantou o papagaio
Pousado no chão
E grita sabichão,
A olhar de soslaio
Ai, ai que eu desmaio
No prado a ovelha
Branquinha de neve
Coça a orelha
Por causa da guedelha
Tão enroladinha
Saiu uma bolinha
Muito bem feitinha
Despistado o porco-espinho
Que corria sozinho
Fez um alvoroço
Ao bater com o focinho
No pé da azinheira
Entretém-se a comer
Com grande cegueira
Nem dá por chover
De orelha fitada
Observando tudo
A lebre revirada
Com o olho num canudo
E a cria a mamar
A puxar pela teta
Não pára de brincar
Parece uma vedeta
Faço um intervalo
E fico a ressonar
Surpreende-me o galo
A cantarolar
Mas que belo canto
Para eu acordar
Um tenor, um espanto
Para harmonizar
Nesta fantasia
Estão belas chitas
E tenho a primazia
De ver as mais bonitas
Vejo lamas na cama
Com pijama às listas
A passear o elande
Com muito aparato
É deveras grande
Mas não parte um prato
Lémures fantasiados
Macacos a macaquear
E se forem bem mirados
Canguru parecem achar
Nandus desfilando
Numa linda passadeira
Com o pescoço girando
E o corpo à maneira
Ornamentados os Axis
Têm coroa avantajada
Quando estão a namorar
Por um triz, ai por um triz
Não fica a coroa engatada
Cervicapras cabriolas
Com feitio engraçado
Saltam e pulam no montado
Em jeito de sapateado
No final toca orquestra
E há muita animação
A burrica é a maestra
Ouve-se grande ovação
E eu acordei do sonho
A cantar uma canção
No campo Selvagem
Prima a natureza
Faz uma viagem
Para ver a beleza
Caminhando desprendido
Envolvendo os sentidos
Os sons e os cheiros,
O ver e o tocar
Animais protegidos
Convivendo com a natureza
Saltitando aqui e ali
Esta visita é com certeza
Um momento muito feliz
Vamos ver os animais
Ao parque do campo Selvagem
Conhecê-los por demais
Como brincam e o que fazem
Olha ali, o lindo Pavão
Com seu leque colorido
Come os bichinhos no chão
E é muito atrevido
Olha as cabritas anãs
Tão divertidas que estão
Brincam com as suas irmãs
Fazem muita confusão
Ciumento com sua dama
Com beleza a cortejar
Ecoa com muita chama
Dia e noite sem parar
Convivendo com a natureza
Ao ar livre e muito feliz
Passeando com certeza
Por aqui e por ali
O Perú todo enrufado
Abre o leque gracioso
Na quintinha destacado
Por se mostrar tão airoso
Maria Antonieta Matos 07-12-2011
Num campo selvagem
Encontrei a cegonha
No ninho deitada
Com os seus filhos
Numa matraqueada
Encontrei o macaco
Nas árvores a baloiçar
E dentro de um buraco
A cobra a sonhar
A pastar a vaca
O pasto fresquinho
E em cima da fraca
Estava um passarinho
Entretida a ver
Os cisnes no lago
Sem me aperceber
Senti um afago
Beijou-me o macaco
Depois deu um salto
Um salto tão alto
Fiquei em sobressalto
Que me arrepiei
Se caísse em falso
Muito descontraída
Por entre os sobreiros
Dormi protegida
Sob os seus sombreiros
Depois do descanso
Vi o pónei manso
O camelo e a zebra
Olhando uma lesma
Fugindo indefesa
Escondeu-se no solo
E vi o canguru
Com o filho ao colo
Gritei-lhe cucu
E piscou-me o olho
Passava o Chital
Com ar elegante
Arfava, arfava
E parou um instante
Entretanto o Gamo
Com o corno entalado
Num grande ramo
Ficou rodeado
De gente a mirar
Mas muito concentrado
Conseguiu-se soltar
Passava o perú
Com leque elegante
Arrufava, arrufava
E parou um instante
Entretanto a fraca
Com linda casaca
Desfila aprumada
E ficou cercada
De público a olhar
Seu trajo invulgar
Num silêncio absoluto
E a pestanejar
O crocodilo, muito astuto
Põe-se a rastejar
Ali a tartaruga
Virando a cabeça
Saía a espreitar
Fazendo das suas
Para mergulhar
Grande desafio
Saltando e brincando
Cabras num redopio
As folhas trincando
De olhos fechados, a avestruz
Voava e sonhava
Não viu onde estava
E truz catrapus
Espantou o papagaio
Pousado no chão
E grita sabichão,
A olhar de soslaio
Ai, ai que eu desmaio
No prado a ovelha
Branquinha de neve
Coça a orelha
Por causa da guedelha
Tão enroladinha
Saiu uma bolinha
Muito bem feitinha
Despistado o porco-espinho
Que corria sozinho
Fez um alvoroço
Ao bater com o focinho
No pé da azinheira
Entretém-se a comer
Com grande cegueira
Nem dá por chover
De orelha fitada
Observando tudo
A lebre revirada
Com o olho num canudo
E a cria a mamar
A puxar pela teta
Não pára de brincar
Parece uma vedeta
Faço um intervalo
E fico a ressonar
Surpreende-me o galo
A cantarolar
Mas que belo canto
Para eu acordar
Um tenor, um espanto
Para harmonizar
Nesta fantasia
Estão belas chitas
E tenho a primazia
De ver as mais bonitas
Vejo lamas na cama
Com pijama às listas
A passear o elande
Com muito aparato
É deveras grande
Mas não parte um prato
Lémures fantasiados
Macacos a macaquear
E se forem bem mirados
Canguru parecem achar
Nandus desfilando
Numa linda passadeira
Com o pescoço girando
E o corpo à maneira
Ornamentados os Axis
Têm coroa avantajada
Quando estão a namorar
Por um triz, ai por um triz
Não fica a coroa engatada
Cervicapras cabriolas
Com feitio engraçado
Saltam e pulam no montado
Em jeito de sapateado
No final toca orquestra
E há muita animação
A burrica é a maestra
Ouve-se grande ovação
E eu acordei do sonho
A cantar uma canção
No campo Selvagem
Prima a natureza
Faz uma viagem
Para ver a beleza
Caminhando desprendido
Envolvendo os sentidos
Os sons e os cheiros,
O ver e o tocar
Animais protegidos
Convivendo com a natureza
Saltitando aqui e ali
Esta visita é com certeza
Um momento muito feliz
Vamos ver os animais
Ao parque do campo Selvagem
Conhecê-los por demais
Como brincam e o que fazem
Olha ali, o lindo Pavão
Com seu leque colorido
Come os bichinhos no chão
E é muito atrevido
Olha as cabritas anãs
Tão divertidas que estão
Brincam com as suas irmãs
Fazem muita confusão
Ciumento com sua dama
Com beleza a cortejar
Ecoa com muita chama
Dia e noite sem parar
Convivendo com a natureza
Ao ar livre e muito feliz
Passeando com certeza
Por aqui e por ali
O Perú todo enrufado
Abre o leque gracioso
Na quintinha destacado
Por se mostrar tão airoso
Maria Antonieta Matos 07-12-2011
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