25 dezembro 2013

CAMINHADA

Caminhada
Ameaçada
Cheia de indigências
Incompetências
Sem nenhum pensamento
Discurso cinzento
Exterminam o talento
Não sei se aguento.

Têm muita certeza
Sem nenhuma destreza
Mudam os costumes
Não querem queixumes
Sem direito à saúde
Que inquietude
Acesso à educação
Já nem todos vão
Está a ser um tormento
Não sei se aguento.

Já não há dinheiro
Nem no mealheiro
A dispensa vazia
É uma agonia
O trabalho é escasso
Que grande fracasso
Não vejo as medidas
Bem definidas
Para o país crescer
Que está a adoecer
Com tudo isto lamento
Não sei se aguento.

Está tudo em leilão
Em grande confusão
Entregam-se as casas
Famílias em brasas
Produtos aumentam
Eles argumentam
Que nada vão mudar
Com tudo a desabar
Estão num alheamento
Não sei se aguento.

Dizem hoje uma coisa
Amanhã é o contrário
Porque a cabeça não ousa
E o saber é adversário
E com isto mais não comento
Porque não sei se me aguento.

08-11-2012 Maria Antonieta Matos

Sem comentários:

Enviar um comentário