24 dezembro 2013

O SEGREDO

Soprei-te ao ouvido um segredo
Sem quereres deixaste-o escapar
Arranjaste-me tremendo enredo
Que para sempre vou relembrar

Correu o mundo num ai
Fiquei, ah! de boca aberta
Segredo que da boca sai
Sai coscuvilhice pela certa

Sem contarem o que ouviram
Alterou o seu conteúdo
As pessoas confundiram
Ando nas bocas do mundo

Mesmo não querendo ligar
Sinto um tormento no fundo
Tenho o coração a saltar
De andar nas bocas do mundo

Nunca mais conto em segredo
Vou contar sem segredar
Porque o gosto dum segredo
É ser o primeiro a contar

O segredo alimenta curiosidade
Sente-se ansiedade para espalhar
Quer exaltar inverdade
Com intuito de se mostrar

O segredo tarde ou cedo
Acaba por se revelar
A não ser alguém por medo
Que leve para o túmulo guardar

Há segredos quando revelados
Prejudicam os negócios
São a sete chaves guardados
Longe de parceiros ou sócios

Fórmulas e grandes descobertas
Muito cobiçadas pelas nações
Guardadas por portas secretas
Segredos que valem milhões


Maria Antonieta Matos 22-03-2013




  • Amália Pessoa Que lindo poema! obrigada amiga.Beijinho carinhoso:-)
  • Candida Loureiro É isso tudo minha querida Antonieta. Calculo que a gravura seja também da sua autoria Uma Páscoa muito feliz .
  • Maria Antonieta Matos Um beijinho e feliz Páscoa! Cândida o desenho é de minha autoria sim! 
  • Sem comentários:

    Enviar um comentário