24 dezembro 2013

REVOLTA DOS SENTIDOS

O acumular de situações
Sem nenhuma objectividade
Provocaram rebeliões
Na gente duma cidade

Cérebros de muito pensar
Não descansavam há dias
E começaram a agitar
Numa grande rebeldia

As bocas em alvoroço
Gritavam quanto podiam
Veias engrossavam no pescoço
Que as vozes já não lhes saíam

Contentes estavam os ouvidos
Da tremenda barrulheira
E de acordo todos os sentidos
Por não ser uma brincadeira

Os olhos controlavam tudo
Tinham essa grande missão
Não acertasse dedo pontiagudo
Vindo do meio da rebelião

No meio desta embrulhada
Os narizes, conferiam odores
E serviam como espada
Na cara dos exploradores

Com grande fúria as mãos
Desataram à paulada
Que terríveis confusões
A cidade estava tomada

Era tanta a rebeldia
Que os ossos estavam a desencachar
O matemático corria
Para todos numerar

Veio o médico de urgência
E os maqueiros com as macas
Cirurgiões com as facas
No meio de muitas ameaças

Maria Antonieta Matos 27-10-2012




Foto Google
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