28 janeiro 2013

Ciclo do Sal


Águas salinas do mar
Bombeadas pelo vento
Salpica a brisa no ar       
Nas hélices do cata-vento

Correm por grandes canais
Com murmúrios musicais
Decantadores as abraçam
E as purificam demais

Cresce a salinidade
Em grau muito elevado
Deleitam-se em cristalizadores
Um processo adequado

Da elevada a temperatura
As águas vão evaporando
Deixam ficar os cristais
Colossais, iluminando

Formam-se lâminas de sal
De brancura irradiante
Extraídas por grandes máquinas
Numa labuta constante

Para eliminar impurezas
Existem grandes lavadores
Beneficia a beleza
E é referência nos sabores

No aterro em grandes “serrotes”
O sal fica depositado
Dali vai para a indústria
Para ser refinado

O esforço físico do homem
Necessários em cada processo
Que ao frio e ao calor
Caminham para o sucesso

Fornos de alta de temperatura
Sugam toda a humidade
O sal que tempera e cura
E quando é demais, dá secura

No caso do sal refinado
Que é moído e peneirado
O prato sai melhorado
Com o tempero desejado

O produto é seleccionado
E sujeito a uma análise
Depois é empacotado
E passa à próxima fase

O controlo é essencial
A embalagem e o peso
Este produto mineral
Deixa saudades ao obeso

Procede o enfardamento   
Segue depois para o mercado
E espera pelo momento
De temperar o cozinhado

Não exagere no condimento
Pode levantar a tensão
E causar um enfartamento
Atenção ao coração!

Sal de grande variedade
Tempero da natureza
Sobressai a qualidade
Grosso ou em flor, que pureza!

O cheirinho a perfumar
O gosto a saborear
O sentido a navegar
O olho a está a mirar
O prato que vou pegar

Maria Antonieta Matos 12.08.2012

Sal Grosso
Sal Grosso