24 dezembro 2013

MÃE

Minha mãe mesmo velhinha
Não se cansa nem um minuto
Cuida, protege, acarinha
Tudo faz sem contributo

Activa, doce, criança
Sempre pronta a ajudar
Sonha, enche-me de esperança
Nada a afecta para amar

Se há algo que me atormenta
É motivo para não dormir
Se me zango, não se apoquenta
Em silêncio me sabe ouvir

Argumenta sabiamente
Cada dia a ensinar
Observa atentamente
Cada passo do meu andar

Adivinha-me o pensamento
Abdica do seu bem-estar
Sorri-me a cada momento
Os seus olhos, vejo brilhar

Percorreu longo caminho
No seu ventre fui protegida
Sofreu as dores com carinho
Com energia desmedida

Tens os cabelos branquinhos
Pele enrugada do tempo
Adoras os teus netinhos
Vives cada acontecimento

Surpreendes todos os dias
Mesmo com a mão a tremer
Tudo fazes com ousadia
Disfarças para ninguém perceber

Queres para todos o melhor
Sonhas com esperança o futuro
Minha mãe és a maior
A maior mãe do mundo

Maria Antonieta Matos 14-02-2013


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