24 dezembro 2013

NADA SOBRA PARA A HISTÓRIA

Nos relvados deste estado
Com trinta e duas cadeiras
O Relvas foi convocado
Por dúvidas na sua carreira

Andam cheios de rigor
Na educação do país
E promovem a doutor
Compadres pelo seu cariz

Fazem-se muito letrados
Com os bonos que lhes dão
E pensam serem tapados
Aqueles sem aptidão

Licenciaturas de empurrão
A troco de algum pataco
Com capa de espertalhão
Governa o porreiraço

Estão a induzir neste povo
Suas grandes qualidades
Não fazem nada de novo
E só falam inverdades

O dinheiro anda espalhado
Pelo mundo a viajar
Vende-se cada bocado
Para a dívida se pagar

A justiça anda enredada
Com processos sem importância
Dando folga acomodada
Aos vultos e à ganância

A saúde Já não tem meio
Para os doentes tratar
Que já não se tratam com receio
Por muito terem que gastar

Não há cultura que resista
Mas se é famoso lá vou eu
Para aparecer na TV ou revista
Ficar na história ou num museu

Não conseguem ter visão
Deixam finar as empresas
De desemprego vive a nação
Como se podem pagar despesas?

Os casais estão limitados
Não aumentam a família
Porque os seus ordenados
Não duram mais que um dia

Vão sugando cada um
Mandam os jovens para fora
Os velhos caem um a um
Nada sobra para a história
Maria Antonieta Matos 15-07-2012

Sem comentários:

Enviar um comentário