26 dezembro 2013

SILÊNCIO

Mudo, sem um sequer pensamento
Nem ruído por companhia
Tombado num sono lento
Sem qualquer arritmia

Há silêncio que dá medo
Quando não há comunicação
Pois mais tarde ou mais cedo
Pode resultar na decepção

Quanta pessoa está caída
No silêncio por opção
Porque a voz não é fluída
E pode causar impressão

Na calada do escuro da noite
Nem vivalma se augura
Por medo não há quem se afoite
Enquanto o silêncio perdura

O silêncio é oração
É música para os ouvidos
É querer estar em comunhão
Com os seus próprios sentidos

Sentir a forma tão terna
Do silêncio de um olhar
Que mudo diz coisas tão belas
Impossível não amar

O silêncio reacende
A busca de conhecimento
A escrita dele depende
Deste precioso momento

Às vezes quero respostas
O silêncio não me ouve
Até me vira as costas
Por não querer que o estorve

27-10-2012 Maria Antonieta Matos

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