24 janeiro 2019

MÃE


Tens cuidadores de excelência, 
Carinhosos e responsáveis, 
Que a cada tua ocorrência,
Reduzem a dor implacável.

Como seria em meu querer,
Ficares em casa junto a mim,
Chorando sem saber que fazer,
Num desconforto sem fim.

Bendito o Ser humano, 
Que pensou o remédio pr’a dor,
Que baniu desconforto e abandono,
E ditou dignidade, pra quem for.

Esse mal que muito afronta,
Que vem sem dó, nem piedade, 
Que o remédio desencanta, 
Que faz a dor sua vaidade

O sentir de cada um,
É tão difícil de ver,
Naqueles que se escondem na sombra,
E não se dão a conhecer.

Outros, as emoções sobressaem, 
No seu rosto ou no seu gesto,
Ou quando as lágrimas caem,
De alegria ou de protesto.

Mas se houver quem nos espere,
De braços abertos e coração cheio,
Vivemos de todo mal libertos,
E do sofrimento… alheios.

24-08-2018 Maria Antonieta Matos

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