Paira a resmungar a cegarrega
No meu ouvido… que ensurdece, saturado!
Até me ausento do mundo, por que me cega
O remoinho nos sentidos, penetrado
Preenches o pensamento que me nega
Qualquer ideia que tenha planeado
Sempre o ruído uma peta me prega
Distraindo o plano no tempo adiado
Quando me deito e o espirito sossega
Lá te oiço mais intensa e perversa
E faço um apelo… e por mais que te peça
Surge teu sinal em mim sempre alerta.
Maria Antonieta Matos
Pintura: Costa Araújo
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