Quando fores ao Alentejo,
vai devagar,
Deixa o tempo escorrer como mel da colmeia,
Sente o bulício do vento a segredar,
E o sol a beijar a terra que anseia.
Vê as barreiras, onde o céu
se deita,
Um manto azul que abraça o chão dourado,
Ouves o som? É a calma perfeita,
É o canto da vida no silêncio arrecadado.
Cheira o aroma do pão que
se amassa,
Da esteva e do rosmaninho a brotar,
E prova o vinho que a alma abraça,
Enquanto a lua começa a sonhar.
Escuta as vozes da gente
que vive,
De olhar profundo, de mãos calejadas,
Guardam histórias que o tempo propaga,
São raízes firmes, memórias sagradas.
Quando fores ao Alentejo,
lembra-te então,
De levar o coração leve e aberto,
Pois ali a simplicidade é canção,
E o infinito está sempre por perto.
Sem comentários:
Enviar um comentário