08 fevereiro 2013

OLHAR

Quando vejo o teu olhar
Fixo no meu sem parar
Leio o que neles me dizes
Sem uma palavra me dares

Se estás triste ou contente
Se tens ódio ou se me amas
Tudo o que o teu coração sente
Nos teus olhos se inflama

Quando vejo a natureza
Num silêncio interior
Desfruto aquela beleza
Num olhar mais sonhador

O que mata um jardim
É a indiferença do olhar
A inconsciência sem fim
Duma flor deixar murchar

Quando vejo olhar o umbigo
Sem nada ver ao redor
Um distanciamento é sentido
Por nele ver ambição maior

Há o olhar como um som
Expressivo revelador  
Mostra o que alma projectou
Num momento inspirador

Olhar sábio que vê distante
Tudo pode descobrir
Realizar coisas importantes
Mesmo sem estar a agir

Um olhar diz uma coisa
Outra coisa diz outro olhar
Porque a diferença da coisa
Está no olhar a pensar

21-01-2013 Maria Antonieta Matos



Sem comentários:

Enviar um comentário