28 outubro 2017

UM INFERNO

Um inferno invade meio País,
Em desvarios, gritos e enfermos,
Gente vai morrendo nesses ermos,
Horror, abafo se afigura,
Se avizinha a noite escura,
Que orientação tão espinhosa, 
Na levada do fogo em fúria,
Desnorte, incerteza, incúria,
Cansaços, agitação ruinosa.

Uma loucura sem precedente,
A arder em chama ardente,
Casas, haveres, escura floresta,
Sem saída gente Impotente.
Desacompanhada, inocente

Ficam os destroços, a angustia, a tristeza,
Uma vida, uma história enraizada,
Um vazio, tanta pobreza,
Um horizonte sem beleza,
A saúde tão abalada,
Cemitério a céu aberto,
Um caminhar tão incerto,
Uma espera longa truncada.

É preciso, não baixar os braços,
É preciso, erguer-se com firmeza, da cinza,
Unir-se… abraçar outros laços,
Deixar penetrar a nova brisa.

Alerta contestatários,
Não desviem as atenções,
Encontrem no diálogo, soluções,
Não se aliem a incendiários,
Descubram quem tem interesse,
Neste grande descalabre,
Que por lucro, tudo invade,
Loucos…!
Não houve quem os contivesse!

 Maria Antonieta Matos 16-10-2017
Foto: Maria Antonieta Matos

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