Deixava-me sempre os olhos ébrios de prazer,
Sentia a exaltação e o fascínio colorido, ao chegar,
Paisagem tão única na mente desabilitada para julgar,
Pureza, liberdade, onde o mundo novo não sabe viver.
Ainda assim descerrou clarão aterrador e, o vento espalhou
Por serras, casarios, por tanta humilde gente,
Uma sombra escurecida, na paisagem tudo mudou,
De mãos dadas uma cadeia de solidariedade vigente.
Ah! Quanta aflição inesperada…! ninguém merece!
Tanta pobreza num desconforto, incessante.
Nesta hora de preces… porquê, todo o mal acontece?
Quanta ventura, quanta luz imaculada um coração suplica.
Que o destino surdo e cego, esquece e abomina.
E envolve nas suas malhas a angústia que não se explica.
Maria Antonieta Matos 23-10-2017
Foto: Maria Antonieta Matos
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